Excelentíssimo senhor governador do estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho.
Diante das suas últimas declarações, venho por meio desta, demonstrar minha indignação.
Respondendo a pergunta que o senhor fez em seu discurso, eu não tenho, nem nunca tive uma namoradinha que precisou fazer aborto. E sei que seu pai também não teve, já que o senhor nasceu. Então já somos dois. E não duvido nada que esse número crescerá de forma descomunal.
Acho lamentável um governante tentar minimizar um crime. Aborto é assassinato. O feto é uma criança, é um ser humano. Não há diferença nenhuma em matar uma criança no ventre da mãe ou matá-la “do lado de fora”. É uma pessoa dos dois jeitos.
Gostaria de pedir que o senhor calasse a boca e atuasse. Que antes de falar besteira faça algo pelo povo. Meu avô morreu esperando receber uma precatória do Estado. Hoje quem espera é minha mãe. Esse dinheiro resolveria TODOS os problemas da minha família. Mas o senhor só fala, fala… disse que ia pagar, que tinha o dinheiro e até agora nada. Isso no início do seu mandato, o primeiro. Já vai começar o segundo e nada. Vai continuar falando, governador? Pelo bem da população fluminense, cale a boca e trabalhe.
E só uma coisa. A “recuperação” do território do Complexo do Alemão não foi mérito, foi obrigação. Assim como é obrigação conter a onda de violência que cresceu vertiginosamente nas cidades vizinhas à capital do Estado por conta das UPP’s. Assim como é obrigação sua, pagar o que deve àqueles que deram a vida pelo bem do estado.
Eu, que não votei em você, me decepciono a cada dia com suas ações. O senhor me envergonha.
Atenciosamente,
Marcelo Rezende